“Todo mundo é meio psicólogo”: Será?

“Todo mundo é meio psicólogo” – quem nunca ouviu alguém dizer essa frase, não é mesmo?! Mas será que é realmente tão simples assim?

Na faculdade de psicologia estudamos por 5 longos anos para compreender as diversas nuances desse incrível universo de conhecimento! Passeamos pelo estudo da anatomia, fisiologia, neuroanatomia, filosofia, sociologia, processos cognitivos, ciências comportamentais, psicologia social, psicopatologia, dentre muitas outras!

Lá aprendemos que a psicologia é uma ciência de muitos olhares, que também chamamos de “abordagens”.

Independente da abordagem psicológica escolhida pelo psicólogo, mesmo depois de formados nós não paramos! Destaco 3 pontos que continuamos praticando e que considero valiosos na nossa “construção” enquanto terapeuta:

1- Autoconhecimento: É o início de tudo! É importante que antes de promover autoconhecimento, tenhamos (e estejamos) traçando nosso próprio caminho de conhecimento pessoal – essa é uma busca contínua para todos nós. Ter compreensão sobre nossos limites e potencialidades; sobre nossas crenças pessoais; relacionar nossa história de vida com quem somos no momento atual; ter clareza de nossos valores de vida, são pontos importantes dessa jornada. Há muitas formas de buscar o autoconhecimento, um deles é a própria psicoterapia (sim, psicólogos também fazem terapia!).

2- Supervisão: O processo de supervisão clínica é muito comum e conhecido na nossa área de atuação. É quando buscamos a orientação técnica de um psicólogo com mais experiência ou que é referência em algum tema específico. Essa busca acontece sempre que o psicólogo sente necessidade, e não apenas no início da carreira.

3- Atualização e formação continuada: Por ser uma ciência não exata, a psicologia está em constante construção – novas pesquisas são feitas e a prática clínica ganha novas ferramentas; isso exige de nós a busca contínua por conhecimento e atualização, que se dá por meio de cursos, pós graduações, participação em congressos, grupos de estudos, etc.

Acho que assim podemos dizer que “todo mundo pode ser bom ouvinte”; mas ser psicólogo é muito mais do que isso! É um compromisso contínuo com a ciência, com o autoconhecimento, com o aprendizado e com nossos pacientes!

E você, considera esses pontos importantes?

Gostou? Então compartilhe!